Você já sabe que as opções de pagamento oferecidas por uma empresa impactam a rotina financeira, o controle de caixa e também a experiência do cliente, certo?
Nesse sentido, nunca é demais lembrar que a diversidade nas formas de pagamento é algo que melhora a jornada de compra e contempla as pessoas, dando a elas a oportunidade de escolher o meio mais adequado para fechar negócio.
Dentre as opções que você pode disponibilizar, estão o pagamento recorrente e o parcelamento, duas alternativas de cobrança às vezes confundidas, mas bem diferentes entre si.
Pagamento recorrente — também conhecido como recorrência — é uma modalidade de cobrança muito usada por empresas que precisam receber valores mensais de seus clientes por um certo período.
Vamos a um exemplo bem simples: com certeza você já se matriculou em um curso, contratou um serviço de streaming (como a Netflix) ou fechou um pacote na academia.
Ao contratar esses serviços, você arca com uma mensalidade, que nada mais é do que o formato mais popular de pagamento recorrente.
Fazendo isso, a empresa contratada informa o cliente sobre o valor a ser pago e a data de vencimento. O consumidor, por sua vez, recebe a cobrança no formato acordado (boleto, débito automático, lançamento no cartão de crédito etc) e deve quitar o valor mês a mês.
A modalidade é muito usada para os chamados serviços contínuos, como cursos de longa duração, clubes de assinatura e plataformas de produtos digitais. Além de permitir a cobrança mensal, a recorrência pode ser usada em planos de pagamento trimestral, semestral e até anual.
O pagamento parcelado dilui o valor a ser pago em um produto em prestações mensais, que podem conter juros aplicados. É o famoso pagamento a prazo.
Essa estratégia é muito aplicada no varejo físico e online e faz parte do hábito de compra de muitas pessoas. Segundo dados do Datafolha divulgados pelo portal UOL Economia, 75% dos usuários de cartão de crédito fazem compras parceladas.
Por falar em cartão de crédito, é por meio dele que a maioria dos parcelamentos ocorrem. O valor total da compra é subtraído do limite e, conforme as parcelas são pagas, este mesmo vai reduzindo.
Somente algumas empresas, como grandes lojas de departamentos, adotam o carnê - uma espécie de pagamento parcelado via boleto, sem comprometimento do limite do cartão.
Como você pôde acompanhar até aqui, ambas as modalidades existem para que uma empresa possa receber pagamentos de forma contínua, mas a lógica é diferente.
Veja os principais pontos de atenção entre pagamento recorrente e parcelamento:
Primeiro, vamos falar sobre o cartão de crédito e como essas opções usam o limite dele.
No caso do parcelamento, o cliente precisa ter limite disponível para o valor total da compra, algo que não acontece na recorrência. Acompanhe o exemplo!
Imagine que você deseja comprar um curso com duração de 1 ano e que custa R$1.500. A escola te oferece duas opções:
Caso você opte por pagar com seu cartão de crédito, na opção 1 é preciso ter os R$1.500 disponíveis no limite para fechar negócio. Já na opção 2, isso não acontece.
Você fará, em tese, 12 compras mensais no valor de R$125 e só precisará dessa quantia disponível no limite para quitar a mensalidade.
Percebe como a recorrência compromete o limite de uma forma bem mais suave?
Outra diferença está nas opções de pagamento. A maioria dos parcelamentos só podem ser feitos via cartão de crédito, enquanto a recorrência oferece mais opções, como débito em conta e boleto bancário.
Por fim, é comum que as cobranças via parcelamento contem com juros, fazendo com que o valor à vista seja diferente daquele a prazo. Não são todas as compras que funcionam assim, mas é bom ficar atento a esse detalhe!
Nos pagamentos recorrentes, não há incidência de juros no valor da mensalidade. Porém, eles podem ser cobrados caso o cliente atrase.
Apesar do parcelamento ser uma escolha popular entre os clientes, a recorrência é uma modalidade que contempla clientes e empresas, simplificando processos e agilizando a parte financeira. Veja alguns dos benefícios:
Vamos começar com um ponto vantajoso para o consumidor e as empresas: a possibilidade de automatizar o pagamento.
Como você já viu, a recorrência pode ser feita por débito automático ou lançamento no cartão de crédito mês a mês.
O cliente não precisa realizar o pagamento manual e sua empresa pode ficar tranquila, sem aquela correria de ter que enviar documentos de cobranças todos os meses.
Isso é excelente para quem tem equipes reduzidas e precisa focar em atividades mais estratégicas.
A gestão dos pagamentos recorrentes também pode ser automatizada por um sistema de gestão, dando fim à necessidade de controlar tudo pelo Excel, onde você perde horas atualizando dados manualmente.
A recorrência permite que o setor financeiro tenha bastante clareza sobre as contas a receber e o volume de entradas que acontece todos os dias (ou nas datas-chave de recebimento).
Muitas pessoas não usam cartão de crédito ou não têm limite disponível para realizar parcelamentos.
A empresa que disponibiliza a recorrência capta esse cliente e oferece uma opção que se alinha às necessidades do consumidor e sua realidade financeira.
Quando os pagamentos recorrentes são colocados em débito automático, as chances de um cliente se tornar inadimplente caem.
Com isso, o financeiro do seu negócio tem a oportunidade de lidar com um balanço mais equilibrado e sem tantos desafios.
Outro ponto importante: uma vez pago via parcelamento, o cliente não fica impedido de usar aquilo que já pagou (afinal, a dívida será dele com a administradora do cartão). Já na recorrência, a empresa pode suspender o fornecimento do serviço até que a situação seja regularizada.
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