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7 principais indicadores financeiros para empresas.

Postado em 16 de Junho de 2023 Notícias de Gestão

Independentemente do porte e do ramo de atuação de uma companhia, uma boa gestão financeira é essencial, pois é responsável pelo planejamento e controle da utilização dos seus recursos. O foco é o aumento da lucratividade, o alcance de melhores resultados e, é claro, a sustentabilidade do empreendimento e a atividade são capazes de exercer influência sobre todos os segmentos da organização.

No entanto, um papel igualmente importante é o que diz respeito à implementação de medidas estratégicas. Afinal, por meio de análises fundamentadas em dados, projeções para o futuro e um planejamento orçamentário bem-feito, a gestão financeira representa uma grande aliada para a evolução sustentável do negócio no mercado.

Diante disso, porém, a dúvida que comumente surge é: "De que forma munir-se de tais informações para uma boa tomada de decisão?". A resposta é mais simples do que se imagina, já que envolve o monitoramento de indicadores financeiros. Então, pensando na relevância do tema, elaboramos este post para enumerar os principais a serem considerados e as vantagens desse acompanhamento. Vamos lá!

Quais são os principais indicadores financeiros que devem ser acompanhados e como fazer esse monitoramento?

Antes mesmo de elencar quais são os indicadores financeiros que você não deve negligenciar na sua organização, vale a pena compreender mais a fundo o seu conceito. Resumidamente, podemos definir os indicadores financeiros como métricas que podem ser utilizadas como referências para o acompanhamento da performance das finanças do seu empreendimento.

Ou seja, eles são capazes de demonstrar se você está seguindo a jornada do crescimento — e, consequentemente, do aumento da lucratividade — ou se deve rever toda a trajetória. Por meio da análise dos indicadores, chamados ainda de KPIs (Key Performance Indicators, ou, em tradução livre, "indicadores-chave de desempenho"), é possível avaliar quanto uma organização lucrou, o impacto que os custos tiveram sobre o fluxo de caixa, quais são os investimentos de maior rentabilidade atualmente etc.

Basicamente, pode-se dizer que, monitorados de perto, eles entregam um diagnóstico bastante completo da organização. A seguir, veja os principais indicadores financeiros que devem ser observados regularmente e de que maneira avaliar os seus resultados.

1. Faturamento

Essa métrica é uma das principais às quais se pode recorrer para avaliar a saúde financeira de um empreendimento, representando a somatória de todas as quantias provenientes das vendas de serviços e/ou mercadorias de uma organização em um período determinado de tempo — via de regra, por mês ou por ano.

Dessa forma, podemos compreendê-lo como todos os potenciais valores que entrarão no caixa (caso não haja inadimplência), provenientes da atividade comercial desempenhada. Nesse contexto, é essencial ter em mente que o faturamento comporá o caixa no momento em que ocorrer o recebimento. Logo, se o pagamento for feito à vista, será no inicial; se for parcelado — a depender do tipo de parcelamento —, apenas após o pagamento da parcela.

Esse KPI serve, principalmente, para possibilitar a avaliação da performance da companhia, de modo a tornar viável identificar se a companhia vem gerando caixa suficiente não somente para cobrir as suas despesas, mas também para lucrar. Além disso, outra importante função é servir como base de cálculo no intuito de identificar os impostos que deverão ser pagos ao governo. No entanto, é fundamental lembrar-se de que isso varia de acordo com o regime tributário e a natureza jurídica do negócio.

Para fins de monitoramento, há dois tipos que podem ser calculados: o bruto e o líquido.

No primeiro caso, você apenas deve considerar o preço da venda do serviço e/ou produto e fazer a multiplicação pelo total de negócios fechados no período de tempo determinado. A fórmula a ser seguida é:

faturamento bruto = preço de venda x quantidade vendida

No segundo caso, por outro lado, é necessário subtrair as deduções das vendas — basicamente, os negócios cancelados — e os impostos que foram cobrados sobre cada uma das operações. A fórmula, então, é a seguinte:

faturamento líquido = faturamento bruto - deduções de vendas - impostos

2. Lucro bruto/líquido

Pode-se afirmar que o lucro é aquilo pelo qual todo empreendedor trabalha a partir da abertura de um negócio, podendo ser medido tanto na forma bruta quanto na líquida.

No primeiro caso, o lucro bruto representa a receita total do empreendimento com a subtração dos custos diretos e indiretos que se relacionam com a produção de serviços e/ou mercadorias. A fórmula para o seu cálculo é:

lucro bruto = receita total - custos relativos à produção

Lembre-se de considerar os custos relativos à produção como aqueles gastos variáveis que são necessários tanto para a prestação de um serviço quanto para a fabricação de um produto, como os insumos, a matéria-prima, a mão de obra — se cabível — etc. Nesse sentido, quanto maior for o volume de negócios fechados, maiores também serão esses gastos.

No segundo caso — do lucro líquido —, é mostrado quanto dinheiro "restou" após a subtração de todas as despesas possíveis do faturamento. Para calculá-lo, basta seguir a fórmula seguinte:

lucro líquido = receita total - despesas e custos totais

3. Ponto de equilíbrio

Também bastante conhecido como break even point, o indicador representa o momento em que a receita líquida da organização é exatamente igual à soma das despesas e dos custos. Ou seja, o lucro líquido da organização é equivalente a zero.

Esse indicador é utilizado para calcular quanto um empreendimento precisa vender a fim de que as suas operações sejam bancadas sem que haja qualquer prejuízo. Logo, ele serve somente como uma espécie de referência para que seja possível identificar quando o negócio começará a dar lucro, pois, obviamente, nenhum negócio tem como meta chegar ao ponto de equilíbrio.

O seu cálculo é feito a partir da seguinte fórmula:

ponto de equilíbrio = despesas e custos fixos/margem de contribuição

A margem de contribuição é o que "resta" de receita após o custeio das despesas de produção e o pagamento dos impostos sobre os produtos e os serviços. Veremos essa métrica mais detalhadamente na seção seguinte.

4. Margem de contribuição

Pode-se dizer que a margem de contribuição, como brevemente explicado anteriormente, equivale ao ganho bruto sobre os negócios fechados. Ou seja, a métrica representa o que resta para o empreendimento após o pagamento dos custos relativos à produção e dos impostos sobre os serviços e os produtos — que são as despesas variáveis.

Essa quantia restante é utilizada para liquidar os gastos fixos do negócio, como a folha de pagamento, o aluguel do local em que se estabelece etc., e para compor o lucro de sócios e acionistas. A fórmula para o seu cálculo é a seguinte:

margem de contribuição = faturamento - (despesas relacionadas à produção + custos relacionados à produção)

5. Retorno Sobre o Investimento (ROI)

O ROI é um dos indicadores financeiros mais conhecidos, haja vista que retrata quando uma organização perdeu ou ganhou a partir dos investimentos realizados. Entretanto, além de revelar o potencial de produção de lucros, a métrica demonstra quanto o negócio alcançou de lucro líquido para cada real que foi investido — seja o valor proveniente do capital próprio, seja o valor proveniente de terceiros. O cálculo é o seguinte:

ROI = (ganho conquistado - investimento inicial)/investimento inicial

6. Giro de caixa

O giro de caixa é uma métrica da atividade, que, em suma, mensura os montantes de recursos financeiros que se originam das vendas do empreendimento e que rapidamente são utilizados para o financiamento das suas atividades. A partir dessa compreensão, é possível afirmar que, de modo geral, um giro de caixa alto aponta uma liquidez corrente baixa.

Nesse caso, pense, por exemplo, em quantas vezes os valores do caixa foram utilizados para o financiamento das atividades empresariais em um período de tempo determinado. Para o cálculo do ciclo de capital, em primeiro lugar, é imperativo identificar o ciclo financeiro (CCC).

O CCC representa o tempo — em dias — que os recursos de uma organização levam para se transformar em dinheiro. O cálculo deve observar a fórmula:

CCC = prazo médio de estoque + prazo médio para receber vendas - prazo médio para pagar fornecedores

Com esses dados em mãos, torna-se mais fácil calcular o giro de estoque a partir da seguinte fórmula:

GC = número de dias do ano (365)/CCC

7. Liquidez corrente

Em complementação ao tópico anterior, vamos explicar brevemente o que é a liquidez corrente, que, resumidamente, aponta o valor monetário que o negócio tem para receber em um prazo curto de tempo, levando também em conta o que precisa ser quitado dentro do mesmo período. Em outras palavras, a métrica revela as condições da companhia para o cumprimento das suas obrigações em curto prazo.

O seu cálculo é realizado a partir da divisão do ativo circulante pelo passivo circulante, seguindo a fórmula:

liquidez corrente = ativo circulante/passivo circulante

Quais são as principais vantagens de monitorar os indicadores financeiros do negócio?

Os indicadores financeiros são capazes de revelar tanto a performance empresarial passada — a exemplo dos resultados do ano anterior para fins de comparação — quanto oferecer uma previsibilidade futura maior — já que, a partir do atual orçamento, por exemplo, é possível ter uma ideia do que esperar para o ano seguinte em termos de resultados. Ou seja, há uma melhor visão do negócio como um todo.

Além disso, é incontestável que, a partir dos dados coletados, se torna possível enxergar de forma bem mais clara os pontos mais críticos do empreendimento e, naturalmente, também os seus pontos de alavancagem. Assim, a partir desse entendimento, passa a ser viável planejar e também traçar novas ações estratégicas para a melhor condução da gestão dos recursos à disposição.

Como você pôde ver, independentemente do porte do empreendimento e do segmento de atuação, todo empreendedor deve conhecer a fundo os indicadores financeiros e, mais do que isso, saber de que forma interpretá-los corretamente. Assim, é possível conhecer melhor o próprio empreendimento, bem como as suas fortalezas e as suas fraquezas. Por sua vez, isso facilita a elaboração de um planejamento estratégico mais apropriado à realidade organizacional e a realização de mudanças em busca de melhores resultados.

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